Karatê ajuda jovens paranaenses a enfrentar a desigualdade social

Brasília – Jovens do Paraná aprendem a enfrentar a desigualdade social com o karatê. Há nove anos, a Federação Paranaense de Karatêe a Secretaria de Trabalho e Educação do Estado, em parceria com prefeituras municipais, realizam um projeto social de educação e cidadania por meio do esporte.

O projeto atende jovens em turno oposto ao da escola. Neste período, são oferecidas aulas de karatê, atividades artísticas, como música e dança. Participam crianças e adolescentes de sete a 17 anos envolvidas em situação de risco, como prostituição e tráfico de drogas, além de crianças carentes, com renda familiar de zero a três salários mínimos. O programa está presente em 228 municípios do Paraná, e tem a participação de 25 mil jovens.

Este é um dos projetos de promoção a inclusão social por meio do esporte que está sendo apresentado durante 1ª Conferência Nacional do Esporte, que acontece de 17 a 20 de junho em Brasília. ?A idéia é apresentar o projeto a outros estados e amplia-lo para o país?, disse o coordenador do projeto Karate Paraná Esporte, Arno Emílio Gertenberger Junior. ?Queremos prestar uma forma de assistência e incluir através do esporte como cidadãos e ajudar a formar personalidades para o futuro?, afirmou.

Arno disse que há planos de expansão para mais 60 municípios do Estado. Além disso, já demonstraram interesse no projeto Goiás, Piauí, Pará, Mato Grosso e Bahia. O programa também será apresentado na Argentina e Chile. Segundo o coordenador do projeto, testemunhos de jovens demonstram que, após a participação no projeto, foi possível perceber mudança de comportamento e a criação de um respeito mútuo com a sociedade.

Alguns municípios realizam atividades de karatê destinadas a terceira idade. De acordo com Gertenberger Jr, a atividade esportiva proporciona mais energia a pessoas com mais de 60anos e reduz problemas de coluna, postura e dor nos músculos. Uma das discussões na conferência será a ampliação da participação de idosos, menores que vivem em áreas carentes e portadores de deficiência em programas de esporte e lazer. Uma das propostas prevê a integração dos programas de saúde com ações esportivas. Outra intenção é adaptar as praças de esporte e lazer aos portadores de deficiência.

Os portadores de defiência também ganham espaço na Conferência. Dos 861 delegados, 27 possuem algum tipo de deficiência. Todo ano, o Brasil participa dos jogos paraolímpicos. Desde 1972, os atletas brasileiros jpa conquistaram 82 medalhas, sendo 15 de ouro, 30 de prata e 37 de bronze. Nas paraolimpíadas de Atenas, de 17 a 28 e setembro, o Brasil levará 99 atletas para competir em 13 modalidades.

A 1ª Conferência Nacional do Esporte reúne mais de 1.200 pessoas, que participaram de conferências regionais e municipais entre maio e junho. Ao todo, foram elaboradas 2.131 propostas, 2.647 dificuldades foram apontadas e 1.867 potencialidades sugeridas. Até domingo, representantes de todos os estados estarão discutindo esses pontos para definir as novas diretrizes da Política Nacional do Esporte.

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