Na sarabanda de assuntos que infestam a pauta de discussões intermináveis no Brasil, um dos temas candentes é oferecido pelas agências reguladoras, cujo objetivo essencial é atuar como representante do Estado no espaço amplamente suscetível ao contencioso, criado pelo Programa Nacional de Desestatização da Economia, cumprido pelo governo FHC.

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Foram criadas agências para intermediar a palavra do governo junto à iniciativa privada que adquiriu grandes nacos dos serviços de telefonia, produção e distribuição de eletricidade e água, além de regular também a intervenção do poder público em setores vitais como os transportes aquaviários, terrestres e aéreos.

Nesse sentido, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está na berlinda desde o choque do Boeing da Gol com o jato executivo Legacy, em setembro do ano passado, no qual morreram mais de 150 pessoas.

Desde então, com o recrudescimento da crise causada pelos desencontros do sistema de controle do tráfego aéreo e desespero nos aeroportos, até a explosão do Airbus A320 da TAM, Anac e Infraero não saíram do noticiário.

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Descobriu-se, afinal, que apesar de comprovado o despreparo técnico dos diretores da Anac, dispensá-los é impossível porque eles têm mandato até 2011, um ano a mais que o próprio presidente Lula, o patrão de todos.

Kafka, que fez um de seus personagens despertar, certa manhã, transformado numa barata, decerto não faria melhor…

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