Justiça suspende intervenção de Requião na Ferropar

  Arquivo / O Estado
Arquivo / O Estado

A diretoria anterior da Ferropar redeve reassumir a administração da Empresa.

São Paulo (AE) – O juiz federal Vallisney de Oliveira acatou recurso dos advogados da ferrovia Ferropar e decidiu, por meio de liminar, suspender a intervenção decretada pelo governador paranaense Roberto Requião na empresa. A decisão foi comunicada à administração da companhia na segunda-feira e o interventor Saulo de Tarso Pereira, ex-funcionário da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA), já deixou a administração, segundo informa o diretor jurídico da Ferroeste, Samuel Gomes.

Com isso, volta a diretoria anterior da Ferropar, encabeçada por Benony Schmitz Filho. Samuel Gomes disse que a Ferroeste já ingressou com recurso contra a decisão da Justiça Federal e espera revertê-la em breve. Ele acredita que a batalha jurídica não deve resultar em problemas para as operações da Ferropar, que estão normais. Segundo ele, o interventor autorizou a contratação da Trevisan para uma auditoria na Ferropar. A intervenção tem prazo para continuar até janeiro, quando o contrato poderá ser cancelado.

A ferrovia federal Ferroeste, com 248 quilômetros entre Cascavel e Guarapuava, vinha sendo explorada desde 1996 pela Ferropar, grupo formado pelas empresas Gemon Geral de Engenharia e Montagens, FAO Empreendimentos e Participações Ltda., Pound S/A e América Latina Logística (ALL), que detém 25% de participação no negócio.

"Desde que foi decretada a intervenção, a ferrovia continuou a trabalhar normalmente, os funcionários foram pagos, os contratos foram honrados e ninguém teve prejuízo", disse Gomes. Ele declarou que o interventor Pereira negociou os acordos com a ALL "com rigor" e a ALL também não foi prejudicada.

A ALL utiliza a estrutura da Ferropar para transporte de carga no Paraná. "Além disso, o Estado deu à Ferropar amplo direito de defesa", disse Gomes. Ele acrescenta que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está de acordo com a intervenção. A Ferropar foi acusada pelo governo do Paraná de não cumprir metas de transporte e de não pagar ao Estado as parcelas de arrendamento da concessão (uma espécie de aluguel).

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo