Justiça libera rainha mirim da Viradouro para desfile

Após gerar polêmica no carnaval carioca, que repercutiu até na imprensa internacional, a menina Júlia Lira, de 7 anos, foi liberada para assumir o posto de rainha da bateria da Viradouro. A escola confirmou o parecer favorável da 1ª Vara da Infância, Juventude e Idosos do Rio em relação ao pedido de autorização para que a filha do presidente da Viradouro, Marco Lira, assumisse o posto.

A controvérsia começou quando o Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedca) questionou a participação da criança como rainha de bateria, alegando que o posto, já ocupado por musas como Juliana Paes e Luma de Oliveira, tem “enorme apelo sexual”. No entanto, a decisão da juíza Ivone Caetano, da 1ª Vara da Infância, Juventude e Idosos, derrubou a argumentação do Cedca.

A Viradouro ainda não recebeu uma notificação oficial sobre a autorização, mas, segundo sua assessoria de imprensa, o departamento jurídico da escola já foi informado pelo Juizado de Menores. Com isso, Julia será a mais jovem rainha a passar pela Sapucaí nos últimos anos. O caso mais parecido foi o de Raíssa Oliveira, da Beija-Flor, que foi coroada quando tinha 12 anos.

O caso chamou a atenção de outros países. O jornal britânico The Guardian destacou que “a escolha de uma menina de 7 anos para rainha de carnaval causou rebuliço no Brasil, onde o posto costuma ser reservado às estrelas de novela”. Nos Estados Unidos, A CNN fez uma reportagem mostrando a maquiagem e a roupa de carnaval de Júlia, enquanto o site da ABC News destacou que “a autorização do desfile da menina acontece em meio a protestos de grupos de direitos da criança”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna