Brasília – O humanismo foi o enfoque do 2ª curso de capacitação de agentes penitenciários federais, cuja formatura oficial aconteceu nesta quarta-feira (1º), na sede do Ministério da Justiça, em Brasília. Classificados em concurso público no ano passado, o grupo de 202 agentes teve aulas durante 60 dias.

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O treinamento dos novos agentes foi feito pelas diretorias do Sistema Penitenciário Federal e de Políticas Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), com auxílio do Polícia Federal.

As disciplinas práticas envolveram manuseio de armas, aulas de defesa pessoal, gerenciamento de crises, primeiros socorros, informação sobre entorpecentes e qualidade de atendimento. Já a parte teórica contou com aulas de Direito Penal, Lei de Execução Penal, Direito Administrativo, direitos humanos e cidadania.

Segundo o gerente de operações especiais da Polícia Civil de Brasília, Luiz Mauro Araújo, um dos treinadores do curso, esse será o novo enfoque de tratamento nos presídios federais.

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?É uma nova filosofia de tratamento com internos, respeitando os direitos dos internos e os direitos humanos. Também cobrando o que é dever, como especifica a Lei de Execuções Penais?.

A advogada gaúcha Cíntia Rangel Assunção, 33 anos, é uma das mulheres que já estão habilitadas para trabalhar como agente penitenciária. Ela diz que o trabalho é uma oportunidade de criar um novo conceito para o sistema penitenciário brasileiro.

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?Embora nós, mulheres, sejamos em número bem inferior aos homens que estão aqui, eu acho que a própria imagem da humanização do sistema penitenciário brasileiro, a imagem do cárcere, começa a mudar quando você começa a colocar mulheres trabalhando?.