juiz da1ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria, no interior do Rio Grande do
Sul, Pedro Carvalho Aguirre Filho, decretou hoje à tarde a prisão preventiva do
argentino César de la Cruz Arrieta e do brasileiro Roberto Fabrin, apontados
como líderes de uma organização criminosa que vinha fraudando a Receita Federal
há oito anos.

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Segundo a assessoria de Comunicação Social da Polícia
Federal (PF) em Porto Alegre, o pedido de prisão havia sido encaminhado à
Justiça em Santa Maria, em 2002, quando da descoberta das primeiras fraudes
cometidas por Arrieta e Fabrin. Com a prisão da quadrilha e a evolução das
investigações, embora o primeiro processo ainda não tenha sido julgado, o juiz
Pedro Aguirre decretou a prisão preventiva.

O mesmo pedido está sendo
apreciado pela Justiça Federal em Porto Alegre, incluindo os nomes dos 13
envolvidos presos durante a Operação Tango, deflagrada no início desta semana.
César Arrieta, condenado pela Justiça no Rio de Janeiro a 16 anos de prisão por
fraudes contra a Previdência Social, aguardava em liberdade julgamento de
recurso.

Outro envolvido com as fraudes contra a Receita Federal, preso
segunda-feira (11) pela Operação Tango, Sigfred Franz Griesbach, de 96 anos,
depois de depor na Polícia Federal em Porto Alegre, onde ficou menos de 24
horas, retornou hoje ao Rio de Janeiro. O retorno de Griesbach, que é paulista,
mas reside no Rio de Janeiro, foi permitido por causa da idade avançada e por
estar enfrentando problemas de saúde.

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O argentino César Arrieta, preso na
carceragem da Polícia Federal, não prestou depoimento, o que deverá ocorrer
segunda ou terça-feira (18 ou 19). De acordo com a assessoria de comunicação da
PF, Arrieta já deveria ter sido ouvido, mas os delegados não esperavam que todos
os presos fossem depor. Como apenas um se negou a depor, afirmando que só falará
na Justiça, e cada depoimento tem durado em torno de 10 horas, a oitiva de
Arrieta, deixada por último, ficou para a semana que vem.

A Polícia
Federal tem 30 dias para concluir o inquérito, que, em seguida, será encaminhado
à Justiça, cabendo a denúncia ao Ministério Público.

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