O governo federal deverá ser notificado nesta segunda-feira para que apresente até sexta-feira informações sobre todos os exames feitos nos casos suspeitos de febre aftosa no Paraná. O Laboratório de Análises Agropecuárias (Lanagro), do Ministério de Agricultura, terá o mesmo prazo para explicar o motivo de ainda não ter concluído esses exames.
A determinação é do juiz federal substituto de Londrina, Cleber Sanfelici Otero, que no final da tarde de sexta-feira acolheu ação conjunta de quatro pecuaristas que estão com suas propriedades embargadas por causa da suspeita de aftosa.
"Esta decisão deverá definir a situação de uma vez por todas", afirmou o advogado dos pecuaristas, Ricardo Jorge Rocha Pereira. O juiz determinou também que o governo do Paraná explique porque levantou as barreiras sanitárias no Estado uma vez que ainda persiste a dúvida sobre a existência da doença.
O pedido dos pecuaristas para a vacinação imediata de seus animais contra a febre aftosa não foi atendido pelo juiz, que preferiu aguardar as respostas dos governos federal e estadual para, então, decidir se os animais deverão ou não ser vacinados.
A segunda etapa de vacinação contra a aftosa, iniciada no dia 1º, terminou neste domingo. O Paraná tem um rebanho de 10 5 milhões de bovinos, mas 22% deles não puderam ser vacinados porque estão na região considerada de risco, em torno dos municípios de Amaporã, Grandes Rios, Loanda e Maringá. "A partir desta segunda-feira esses animais estão tecnicamente vulneráveis à doença", afirmou Rocha Pereira.