Rio ? A Justiça do Rio decidiu hoje incluir a adolescente de 13 anos, suspeita de participação no incêndio do ônibus 350, em um programa de proteção a testemunhas. A menina também será retirada do Educandário Santos Dumont, unidade para menores infratores em que está internada, e ficará sob a guarda de uma organização não-governamental.

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Em depoimento à polícia, a adolescente de 13 anos teria confessado a participação e relatado como aconteceu a ação. Por esses dois motivos, estaria sendo ameaçada de morte pelas companheiras do Santos Dumont, pelo traficante Anderson Gonçalves dos Santos, o Lorde, suspeito de ter comandado o ataque ao ônibus, e pelo chefe do tráfico na área da Penha, conhecido como Mica, que repudiou o episódio do incêndio.

"Enquanto a polícia não prender efetivamente todos os outros que participaram deste episódio, há o risco dela apontar essas outras pessoas e, justamente por isso, há também o risco de ela ser ameaçada por essas pessoas", disse o juiz-titular da Vara da Infância e da Juventude do Rio, Guaraci Vianna.

Em depoimento hoje (7) à Justiça, a adolescente disse estar arrependida. Afirmou que não teria acreditado quando o traficante disse que colocaria fogo no coletivo, na semana passada, no bairro da Penha, na zona norte do Rio. Durante o incêndio, cinco pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas.

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Dentre os suspeitos de praticarem o crime, quatro foram mortos por outros bandidos que repudiaram o incêndio. Lorde, sua namorada Brenda, e Gabriel Amaral Távora continuam sendo procurados pela polícia.