A Justiça de São Paulo concedeu a um casal de homossexuais o direito de ter seus nomes inscritos como pais legítimos no registro de nascimento de uma menina adotada no ano passado. Os cabeleireiros Júnior Carvalho, de 46 anos, e Vasco Pedro da Gama de 38, moradores de Catanduva, interior do Estado, conseguiram a adoção em março de 2005, mas o processo teve de ser feito apenas no nome de solteiro de Gama, porque a união de casais homossexuais não é legalizada no Brasil. O caso foi o primeiro no Estado em que a Justiça concedeu de fato o direito de adoção a um casal de homossexuais. Foi o terceiro no País.
Nesta quarta-feira (22), a certidão de nascimento de Theodora foi expedida com a filiação nos nomes de Carvalho e Gama e avós respectivos, sem especificar, no entanto, os nomes de pai e mãe. Dois casais de mulheres tinham conquistado o mesmo direito no Bagé (RS) e no Rio
Em abril de 2005, Carvalho entrou com pedido de reconhecimento de paternidade, passou por todos os testes previstos e em 30 de outubro de 2006, a juíza da 2ª Vara Criminal da Infância e da Juventude de Catanduva, Sueli Juarez Alonso, concedeu o mesmo direito a ele.