O leilão da Varig, marcado para segunda-feira, foi adiado por três dias, para a próxima quinta-feira, por solicitação dos investidores. Eles alegam que precisam de mais detalhes sobre as condições do leilão da companhia e querem analisar as informações sobre a empresa. A solicitação dos investidores foi feita formalmente ao Tribunal de Justiça do Rio.

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Ontem, nem mesmo a Ocean Air, tida pelo mercado como principal interessada no negócio, tinha certeza se faria ou não parte da disputa e um dos interessados em participar do leilão da Varig já havia desistido, após analisar os números da companhia. Foi o grupo europeu representado pela consultoria brasileira Azulis Capital. A informação foi dada pelo executivo Emerson Pieri, que representa um banco franco-suíço contratado pelo tal investidor. Pieri não revelou o nome do investidor nem do banco. A Azulis tem como sócia Ivone Saraiva, ex-superitendente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Segundo Pieri, o rombo nas finanças da Varig foi "maior do que o esperado". Questionado se o grupo teve acesso ao data room (sala com informações financeiras da empresa), Pieri não quis comentar. De todas as empresas que compraram o acesso ao data room (com informações da aérea) entre quarta e quinta-feira, apenas uma não foi identificada por estar representada por um escritório de advocacia, o Ulhôa, Canto, Rezende e Guerra.

Dentre os pontos que levaram à desistência do tal grupo europeu, Pieri ressalta incertezas sobre a sucessão de dívidas trabalhista e tributária, o problema com a dívida de R$ 2,3 bilhões com o fundo de pensão Aerus e falta de detalhes a cerca do empréstimo do BNDES.

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