O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª. Vara Federal de Brasília, aceitou uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal e abriu uma ação penal contra 116 integrantes do Movimento pela Libertação dos Sem Terra (MLST) acusados de envolvimento na invasão da Câmara dos Deputados, ocorrida em junho.

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Os militantes são acusados pelo Ministério Público Federal, com base na lei de segurança nacional, de terem cometido crime político, lesão corporal, dano contra o patrimônio público e resistência a obedecer ato legal de servidor público. Em sua decisão, Leite disse que, em tese, as condutas relatadas pelo Ministério Público são "típicas, antijurídicas e culpáveis".

Além de ter aceito a denúncia, o juiz determinou que seja atendida uma série de pedidos feitos pelo Ministério Público. Entre eles está a requisição ao presidente da Câmara, Aldo Rebello (PCdoB/SP), para que informe sobre eventuais suspensões de atividades na Casa decorrentes da invasão pelos integrantes do MLST. Também foi requisitada pelo Ministério Público a realização de diversos exames periciais. Na decisão, esses exames não são especificados.

Após a invasão da Câmara, na qual 32 seguranças ficaram feridos, 539 integrantes do MLST foram presos. Eles ficaram no complexo penitenciário da Papuda, localizado em Brasília. Em julho, o juiz da 10ª. Vara determinou a soltura de 32 invasores que permaneciam presos. Entre eles estava Bruno Maranhão, líder do movimento.

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