Juros sobem diante de cautela com agenda e Estados Unidos

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), fechou com taxa de 12,74% ao ano. Na sexta-feira este mesmo contrato projetava taxa de 12,71% ao ano.

Os investidores do mercado de juros adotaram uma postura cautelosa nesta segunda-feira, aguardando eventos importantes previstos na agenda doméstica e monitorando o cenário internacional.

Internamente, a maior expectativa é em relação à divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), na quinta-feira, que pode trazer explicações sobre os motivos de não ter havido unanimidade na decisão de reduzir a taxa básica de juros do País (Selic) em 0,5 ponto porcentual, para 13,25% ao ano.

Nas mesas de operação, continua prevalecendo a avaliação de que o fato de três dos integrantes do Copom terem votado em um corte de 0,25 ponto indica que o ritmo de redução da Selic, daqui para frente, vai ser reduzido.

A questão é conhecer, na ata, os argumentos que explicam os votos divergentes e os que justificam a opção pelo corte de 0,5 ponto porcentual, para, dessa forma, traçar melhor o cenário de médio prazo para o rumo da política monetária.

A divulgação da produção industrial de outubro, que sai na quarta-feira, e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, na sexta-feira, também prometem influenciar o comportamento dos negócios. Até que os indicadores sejam conhecidos, no entanto, deve prevalecer um ambiente de cautela, segundo operadores.

O cenário internacional também é um fator de apreensão no mercado local. Os indicadores norte-americanos, divulgados na semana passada, ampliaram o temor de redução acentuada da economia dos Estados Unidos, o que, em uma primeira leitura, sugere risco de redução de exposição a países emergentes.

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