O mercado de juros dá sinais de que a abertura dos negócios será tranqüila. As taxas futuras indicam queda no pregão eletrônico da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), dando seqüência ao movimento de ontem, garantido pelo clima positivo no exterior e pela pesquisa eleitoral CNT/Sensus, reafirmando a probabilidade de definição da eleição presidencial no primeiro turno.
Há operadores que acreditam, no entanto, que as projeções já estão perto do piso. Ou seja, que o espaço para a queda é limitado. "Nesses preços, podem surgir ordens de compra, porque as dúvidas sobre o cenário político não estão eliminadas", afirma um operador. O mercado aguarda hoje a nova pesquisa Ibope e a sondagem do Datafolha, que sai amanhã. E monitora o noticiário político.
O comportamento do mercado internacional também terá influência direta sobre os negócios. O Departamento do Comércio dos EUA divulgou queda de 0,5% nas encomendas de bens duráveis em agosto surpreendendo economistas que esperavam aumento de 0,5%. O dado provocou a inversão do movimento dos índices futuros das bolsas norte-americanas, que mostravam alta logo cedo e por volta das 9h50 tinham ligeira queda.
O indicador mais importante do dia, no entanto, será divulgado às 11 horas. Trata-se do indicador de vendas de imóveis novos em agosto, também nos Estados Unidos.
No pregão eletrônico da BM&F, o juro projetado pelo contrato futuro de DI (depósito interfinanceiro) com vencimento em janeiro de 2008 estava em 13,61% ao ano, ante fechamento ontem a 13,64% ao ano.