Juros futuros fecham em queda após Ata do Copom

O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), terminou projetando taxa de 13,71% ao ano, em queda de 0,72%. Na quarta-feira, este mesmo contrato encerrou o dia a 13,81% ao ano.

Considerada neutra pela maioria do mercado, a Ata do Copom não comprometeu o ânimo que os investidores vinham apresentando em relação a um corte da Selic em 0,5 ponto porcentual na próxima reunião do Banco Central, renovado com a divulgação do IPCA de apenas 0,05% em agosto na quarta-feira. Com isso, os juros futuros na BM&F, mais notadamente os curtos, deram seqüência ao movimento de queda.

Com a ressalva de que a liquidez nesta sexta-feira espremida entre o feriado e o final de semana é um pouco mais fraca, na BM&F os contratos de janeiro de 2007 e de 2008 caíram.

A avaliação é que a Ata deixou as portas abertas sobre os próximos passos da política monetária, com poucas mudanças em relação à anterior e manutenção, inclusive, da expressão ?maior parcimônia? em referência às decisões vindouras.

Os diretores afirmam ter considerado a possibilidade de reduzir o juro em 0,25 ponto, mas o cenário para a inflação indicava ser mais adequada a redução de 0,5 ponto.

A opção pelo 0,25 ponto ou o 0,5 ponto dependerá da evolução do cenário macroeconômico, como leram os analistas na Ata, e é nesse ponto que o mercado se apega para acreditar que o ritmo de queda atual pode ser mantido. Afinal, o IPCA de agosto de 0,05% veio muito aquém do piso das estimativas (+0,15%), o crescimento da produção industrial em julho foi fraco e o PIB do segundo trimestre só subiu 0,5%.

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