O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), encerrou os negócios com taxa de 12,52% ao ano, a mesma verificada no fechamento de ontem.
Segundo operadores, na parte curta da curva de juros (com vencimentos até janeiro/08), os preços ainda refletem um certo equilíbrio entre a aposta de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai reduzir o ritmo de corte dos juros brasileiros para 0,25 ponto porcentual e a de haver um novo corte de 0,5 ponto em janeiro. Isso porque, segundo operadores, há, desde o início da semana, um movimento de zeragem de posições nesses contratos.
Mas os profissionais acreditam que a tendência é que essas taxas caiam nos próximos dias.
O ambiente é positivo, o que só alimenta o apetite dos investidores em aplicar em juros futuros. O mercado trabalha com um cenário muito favorável de política monetária, baseado em índices de inflação baixos e nos sinais de que a retomada da economia está acontecendo de forma lenta – sem, portanto, representar um risco de pressão inflacionária.
Hoje, foi divulgado o IGP-10 de dezembro, que subiu 0,47%. Embora o resultado tenha ficado próximo ao teto das estimativas (que variavam de 0,35% a 0,48%), o mercado considerou o indicador uma boa notícia.
Ontem, profissionais diziam que, se o índice mostrasse uma queda mais forte que a prevista, haveria uma correção expressiva da curva de juros. Mas que, se a taxa surpreendesse para cima, provavelmente a reação seria bastante modesta.
O mercado está mais sensível a notícias positivas, segundo operadores. E, neste momento, o cenário internacional também não faz contraponto a esse clima de otimismo.