Os juros futuros operaram durante todo o dia em baixa. O volume de negócios foi fraco, mas a queda das taxas foi considerada expressiva e o mercado voltou a negociar mais fortemente os contratos de longo vencimento, baseado, dizem operadores, nas boas perspectivas do País – especialmente a aposta de que o Brasil caminha para ser classificado como "grau de investimento".
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, o mais negociado hoje, fechou projetando taxa de 11,42% ao ano, ante taxa de 11,49% ao ano projetada no encerramento dos negócios na quinta-feira. A taxa do DI para janeiro de 2009 caiu a 11,55%, contra 11,59% na quinta-feira.
Hoje, a deixa para a melhora de humor do mercado veio de fora. A reação positiva do exterior ao relatório de emprego norte-americano, divulgado na sexta-feira, garantiu um pregão positivo para o mercado local. Foram criados 180 mil novos postos de trabalho em março nos Estados Unidos, superando as expectativas de economistas, de aumento de 142 mil. A taxa de desemprego caiu para 4,4% em março, a menor nos últimos seis anos, ante 4,5% em fevereiro.
Embora o mercado externo não tenha consolidado a euforia – as bolsas norte-americanas mantinham-se perto da estabilidade durante a tarde -, o entusiasmo por aqui prosseguiu. A Bovespa bateu recorde, superando os 47 mil pontos; o risco Brasil despencou 10 pontos para 154 pontos-base; e o dólar aproximou-se mais um pouco dos R$ 2,00, cotado a R$ 2,021.