A semana foi repleta de novidades para o crédito imobiliário. Enquanto a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) anunciava recorde histórico em aplicação de recursos em março, na casa de R$ 1,322 bilhão, o Bradesco reduzia os juros do empréstimo prefixado de 14% para 12 5% ao ano, igualando ao da Taxa Selic (taxa básica de juros do País).
As duas notícias juntas devem pressionar as instituições financeiras a baixar os juros do financiamento habitacional. O HSBC, por exemplo, já anunciou que deve reavaliar a taxa do crédito prefixado, de 12,68% ao ano (1% ao mês) no plano Credimóvel.
Outro fator que pressiona a queda da taxa prefixada, mas de forma leve, é a recente reformulação do cálculo da Taxa Referencial (TR), indexador que reajusta os juros pós-fixados. Agora, a TR acompanha a queda da Selic.
Segundo a Abecip, ainda não é possível medir a representatividade das modalidades de crédito prefixado no volume total de aplicação, já que esta é uma opção recente, inaugurada no fim do ano passado. "É um período pequeno ainda para fazer um comparativo", afirma Décio Tenerello, presidente da entidade. Mas a perspectiva é de que o juro caia e a popularidade do crédito com parcelas fixas cresça entre os mutuários. "Estamos na fase de deixar a indexação da economia, na medida em que a taxa de juros (do país) cai. A indexação é um ranço da inflação", diz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo