O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, tradicionalmente o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), fechou em queda, projetando taxa de 12,93% ao ano. Ontem, este mesmo contrato encerrou o dia a 12 95% ao ano.

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Os juros futuros recuaram reagindo ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de novembro, que subiu conforme o esperado por analistas, e à revisão da projeção do Produto Interno Bruto (PIB), feita pelo Ministério do Planejamento, para 3,2%. As duas notícias foram consideradas favoráveis à continuidade do ritmo de corte da taxa básica de juros do País (Selic) em 0,5 ponto percentual. Mas, mesmo assim, elas não foram suficientes para determinar a convergência do mercado para uma aposta única: a curva de juros continua mostrando divisão e, na opinião de operadores, a "disputa" deve continuar até o dia da reunião do Copom.

O reconhecimento, por parte do governo, de que a economia deve ter este ano um desempenho pior que o previsto também pesou a favor do corte de 0,5 ponto, na opinião de operadores.

Analistas apontam que, se a inflação está sob controle e a atividade enfraquecida, seria natural que o Copom seguisse reduzindo o juro no mesmo ritmo. É esse o ponto central dos argumentos dos economistas que esperam um corte de 0,5 ponto percentual na reunião da próxima semana.

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O argumento dos que acreditam que o Copom reduzirá o passo é o de que as duas últimas atas do comitê já demonstravam a disposição do Banco Central de reduzir a dose no alívio monetário. E só não o fez porque apareceram surpresas – inflação mais baixa e atividade mais fraca. Agora, dizem esses analistas, sem fatores fora do previsto, é provável que o Copom seja mais cauteloso.