O mercado de juros movimentou-se nesta quarta-feira (7) ao sabor do cenário externo. Com as Bolsas de Nova York firmando-se em alta na parte da tarde, os juros futuros caíram no Brasil pelo terceiro dia seguido. O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, tradicionalmente o mais negociado fechou projetando taxa de 12,26% ao ano, ante taxa de 12,29% ao ano projetada no encerramento dos negócios ontem.
Às 15h40 (de Brasília), o índice Dow Jones, o mais tradicional da Bolsa de Nova York, subia 0,17%. O Nasdaq, da Bolsa eletrônica, avançava 0,84%.
Profissionais afirmam que o mercado continua enxergando um cenário muito favorável. E foi esse ambiente positivo que justificou, na opinião de operadores, a nova emissão em reais do Tesouro Nacional, anunciada esta manhã. O Tesouro emitiu R$ 1,5 bilhão em bônus com vencimento em 2028. A operação, mais do que reforçar as reservas, tem o benefício de ampliar a curva de juros prefixada em reais no exterior, ou seja, alongar o prazo de vencimento dos títulos em relação ao rendimento pago.
Embora a nova emissão acabe por reforçar a queda do dólar – assunto que tem gerado muita polêmica no mercado financeiro -, ela contribui para melhorar o perfil da dívida brasileira, pois aumenta o prazo médio de vencimento dos títulos e a proporção da dívida prefixada. E reflete o apetite estrangeiro pelo risco Brasil, na opinião de profissionais.