O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), terminou o dia projetando taxa de 13,85% ao ano, a mesma do fechamento de ontem.
O mercado de juros operou em cima dos números sobre o desempenho da indústria no mês de julho. Tanto o IBGE quanto a CNI apresentaram dados que indicam uma recuperação "suave" da atividade no primeiro mês deste semestre. Mas, nos dois casos, não se trata de um crescimento robusto e, na opinião de analistas, garantem o cenário de continuidade de queda dos juros este ano
A análise geral dos dados, os primeiros relativos ao segundo semestre do ano, é a de que há, realmente, recuperação da economia. Expectativa que o próprio Banco Central já havia sinalizado ao mercado, em reunião com analistas e economistas de instituições financeiras. Mas essa recuperação ocorre em ritmo lento, sem explosão. E sem inspirar qualquer preocupação com o cenário de inflação e de juros.
A primeira reação do mercado de juros aos dados da indústria foi de realização de lucros: as taxas de juro, que caíram com força nos últimos dias reagindo ao PIB muito fraco do segundo trimestre, corrigiram os preços e subiram.
Mas as taxas voltaram ao nível do fechamento de ontem porque prevalece entre analistas a avaliação de que o cenário de continuidade de corte de juros se mantém inalterado. "A idéia de que pode haver pelo menos mais dois cortes de 0,25 ponto na Selic (taxa básica de juro, atualmente em 14,25%) ainda vigora", afirmou um operador.