O mercado brasileiro de juros não tem muitos motivos para fugir à linha da estabilidade, a não ser que o cenário externo incline-se mais fortemente para um lado ou outro, o que também não parece ser o caso. Às 10h21, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de depósito interfinanceiro (DI) mais negociado – com vencimento para janeiro de 2008 – operava estável a 14,39% ao ano.
Os dados da economia norte-americana divulgados hoje estão sendo considerados bons. Se havia um receio de desaceleração mais forte da atividade, as vendas do varejo em julho mostraram uma economia ativa: elas cresceram 1,4%, depois de queda de 0,4% em junho (dado revisado de queda de 0,1%), enquanto as previsões eram de crescimento de 0,9%. Excluídas as vendas do setor automotivo, as vendas aumentaram 1%, superando também a previsão de avanço de 0,5%. O indicador de preços das importações em julho subiu 0,9% (estimativa de 1%), mas, segundo operadores, acabou tendo efeito neutro pela revisão, para baixo, do dado anterior.
Em Nova York, os índices futuros das bolsas tatearam os terrenos positivo e negativo, sem muita definição de rumo. E continuam assim.
No Brasil, tanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho quanto a primeira prévia de agosto do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) vieram em linha com as previsões e, portanto, mantêm o quadro positivo com o qual o mercado trabalha.
O IPCA subiu para 0,19% em julho (ante queda de 0,21% em junho), dentro das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado (0,10% a 0,25%) e pouco acima da mediana (0,15%). A primeira prévia de agosto do IGP-M mostrou alta de 0,16% em relação a 0 17% em igual prévia em julho. Resultado também dentro das projeções dos especialistas consultados pela AE.
