O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), abriu nesta sexta-feira (8) projetando taxa de 13,78% ao ano. Na quarta-feira, este mesmo contrato encerrou o dia a 13,81% ao ano.
A perspectiva para os juros futuros hoje é de taxas perto da estabilidade, já que a avaliação preliminar do mercado sobre a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) é de um documento neutro. "A ata não deu pistas sobre os próximos passos da política monetária, não trazendo nada de novo que indique próximo corte de 0,25 ponto ou 0,5 ponto", disse um profissional. Ele salientou o fato de o IPCA de agosto, que animou para as apostas na redução de 0,5 ponto, não ter sido mencionado, pode ter deixado o documento "velho". Nesse sentido, ganharão mais importância os próximos indicadores de inflação e de atividade.
Na ata, o Banco Central manteve o termo "maior parcimônia", que gerou tanta polêmica nas últimas semanas. "O Copom entende que a preservação das importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na manutenção do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real poderá demandar que a flexibilização adicional da política monetária seja conduzida com maior parcimônia", diz a ata. O documento também reafirma a convicção do governo na recuperação da atividade econômica ao citar que o desempenho ruim da produção industrial em junho foi determinado por fatores pontuais.
Outro operador consultado pela Agência Estado diz que pela análise da conjuntura local há espaço para o Copom seguir reduzindo o juro em 0,5 ponto, mas o cenário internacional terá papel importante nas decisões.
A previsão é de taxas futuras em banho-maria, com possível reação da curva longa ao mercado externo, principalmente na parte da manhã. O discurso da presidente do Federal Reserve (Fed banco central dos EUA) de Cleveland, Sandra Pianalto, que falará sobre inflação, expectativas de inflação e política monetária, às 11 horas, merecerá atenção. Também hoje o Federal Reserve divulga os dados do crédito ao consumidor em julho às 16 horas, para o qual economistas prevêem uma expansão de US$ 5,0 bilhões.