Juro futuro abre com ganho e Copom não entusiasma

Hoje é dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e nas mesas de operação de renda fixa a aposta majoritária é de que a taxa básica Selic será reduzida em 0,25 ponto porcentual. Profissionais acreditam que, como o corte da Selic para 12,5% ao ano está totalmente no preço, há pouca chance de acontecer hoje a "corrida de última hora" para uma aposta alternativa.

A discussão no mercado, desta vez, é se o Copom vai fazer alguma sinalização diferente das reuniões recentes, com o objetivo de preparar uma transição para uma eventual aceleração no ritmo de corte de juros. Ou seja, a questão em pauta hoje é se o placar da decisão, o comunicado ou mesmo a ata desta reunião vão sugerir alguma possibilidade de o comitê ser mais flexível na reunião de junho ou na de julho deste ano.

Segundo operadores, há várias hipóteses circulando no mercado. Há os que esperam que o Copom adote alguma mudança agora para abrir a porta para cortar o juro em 0,5 ponto, por causa da expectativa de inflação baixa em 2007 e em 2008. Mas há outros profissionais menos otimistas, considerando que o Copom pode chamar a atenção para os indicadores de atividade econômica, que têm vindo vigorosos. E, com isso, sugerir que o ciclo de alívio monetário pode aproximar-se do fim. "Tem de tudo circulando no mercado, mas não enxergo ainda um movimento de aposta firme com base nessas teorias", afirma um profissional.

Operadores afirmam que os contratos de juros, especialmente os de longo prazo, devem hoje ser mais influenciados pela onda de realização de lucros que se observa no exterior. No exterior, a expectativa com a divulgação de balanços de companhias norte-americanas é apontada como justificativa para correção dos preços. Diante desse movimento e depois de dois dias de quedas expressivas, os juros podem aproveitar para realizar lucros também.

Às 10h04, na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato futuro de depósito interfinanceiro (DI) de janeiro de 2008 projetava taxa de 11,87% ao ano, de 11,86% no dia anterior. O DI de janeiro de 2009 projetava 11,46% ao ano (11,44% ontem) e o DI de janeiro de 2010 estava, no início do pregão, em 11,26% ao ano (11,23% ontem).

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