Juro de longo prazo recua, mas leilão pode limitar queda

Os juros futuros de longo prazo reagem em queda à divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, hoje cedo, considerada "neutra com viés positivo". Na reunião da semana passada, o Copom reduziu a taxa Selic (juro básico de referência da economia brasileira) de 12,75% para 12,5% ao ano.

Em boa parte do texto da ata divulgada nesta quinta, o BC manteve a mesma linha das reuniões anteriores do Copom: voltou a mostrar alguma preocupação com a inflação corrente, embora admita que as pressões são pontuais; classificou de "robusta" a demanda, que tende a continuar sendo alimentada pela renda, emprego e crédito; mas não apontou riscos de descompasso na relação entre oferta e demanda; e mostrou uma certa tranqüilidade quanto às incertezas que se enxerga no mercado externo. Ainda assim, o BC manteve no texto a observação de que, por causa da demora na percepção dos efeitos da recente queda dos juros sobre a economia, a política monetária deve ser conduzida com "parcimônia".

Depois de conhecer o conteúdo do documento, a projeção dos juros a partir dos contratos futuros de depósitos interfinanceiros (DIs) negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) recuou. Às 10h25, o DI com vencimento em janeiro de 2009 projetava taxa de 10,87% ao ano, ante 10,91% do final do dia ontem. O DI de janeiro de 2010 estava em 10,63% ao ano (10,69% ontem).

Operadores acreditam, no entanto, que o leilão de títulos prefixados, que o Tesouro Nacional realizará hoje, pode contribuir para limitar a queda das taxas futuras no período da manhã.

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