O mercado de juros dá sinais de que dará continuidade, com o foco na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima quarta-feira. A expectativa pela divulgação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não deve atrapalhar esse movimento, na opinião de operadores. Afinal, os jornais já anteciparam muito do que o presidente Lula deve anunciar hoje e o mercado já absorveu o impacto das medidas.

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As taxas de juros projetadas pelos contratos futuros de depósitos interfinanceiros (DIs) na Bolsa de Mercadorias & Futuros abriram em queda. Às 10h05, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008 (o mais negociado) projetava taxa de 12,35% ao ano, ante fechamento na sexta-feira a 12,39% ao ano. O DI de janeiro de 2009 tinha taxa de 12,26% ao ano (12,29% na sexta-feira passada).

Para operadores, o pacote só vai provocar mau humor se for anunciada uma redução na meta de superávit primário de forma diferente do que está sendo anunciado ou se não ficar claro de onde virão os recursos que o governo pretende dispor para ampliar os investimentos. "Se vier tudo em linha com o que já foi antecipado, o mercado deve prosseguir melhorando hoje", diz um operador.

Os participantes do mercado vêm ampliando nos preços a probabilidade de o Copom cortar o juro em 0,5 ponto porcentual na reunião desta semana. A hipótese de o corte ser de 0,25 ponto continua mais forte. Mas, para profissionais, se o clima externo continuar tranqüilo, há espaço para os otimistas avançarem hoje.

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Hoje, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de janeiro, que ficou em 0,44% ante aumento de 0,28% em igual prévia do mesmo indicador em dezembro. Embora tenha mostrado aceleração, o índice não assusta, porque veio dentro do esperado, que era uma taxa entre 0,34% e 0,52%.

Na pesquisa Focus, também divulgada hoje pelo Banco Central, não houve nenhuma alteração nas projeções para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). A única alteração relevante foi na projeção para a taxa Selic ao final de 2007, que recuou de 11,75% para 11,50%.

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