Dois dos sete jurados afirmaram ontem que não se confundiram ao votar sim ou não nos 58 quesitos apresentados pelo juiz Alberto Anderson Filho no julgamento que condenou Suzane von Richthofen e os irmãos Daniel e Christian Cravinhos pelo assassinato dos pais da moça, Manfred e Marísia von Richthofen. A professora e advogada Cleide Clares, de 49 anos, contou que o juiz explicou detalhadamente cada pergunta na sala secreta, onde se reuniram todos os jurados

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Cleide disse que ele leu cada questão, como já havia feito no plenário, depois fez o mesmo usando uma linguagem popular. Ainda assim, definiu, em cada uma, a quem o jurado beneficiaria se respondesse sim ou não. "Quando ele estava na metade dos quesitos, até começou a perder a voz de tanto que lia e explicava", disse. "Cada um votou de acordo com a sua consciência; tudo foi muito explicado, pacientemente explicado.

Suzane quase foi absolvida pela morte do pai. Os jurados entenderam, em duas questões, que ela foi coagida pelo ex-namorado Daniel. No caso da mãe, votaram que não

A aposentada Iolanda de Oliveira Toledo, de 53, experiente em júris, diz que as perguntas não foram confusas. "Tenho certeza de que não fiz confusão, estava claro." Ela acredita que os jurados estavam cansados, mas atentos ao momento. "Era o mais importante de tudo que já havia se passado." A ordem das perguntas que quase motivaram a absolvição da ré foi invertida, mas não houve erro de interpretação, segundo a aposentada, que não responde pelos colegas. "Pode ser que o pessoal tenha se confundido.

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