Cumprindo uma espécie de "via sacra" junto a suas bases eleitorais, em Pernambuco, o deputado federal Raul Jungmann (PPS/PE) – apontado pelos procuradores da República José Alfredo de Paula Silva e Raquel Branquinho – como responsável por crimes de improbidade administrativa – realizou hoje uma audiência pública para "falar ao povo sobre sua inocência". O encontro aconteceu na Assembléia Legislativa.
Amigos, assessores e correligionários formaram uma barulhenta claque. Durante o discurso do parlamentar, que por vários momentos quase chegou às lágrimas, o grupo aplaudiu e gritou palavras de ordem em defesa do deputado
Jungmann fez um longo relato de suas declarações de renda, entre os períodos 1996 e 2006. Após citar os números, desabafou: "não sou desonesto", com voz embargada e os olhos lacrimejando.
Na coletiva à imprensa, Jungmann repassou cópias dos bens declarados pelo deputado: em 1996, uma linha telefônica, um sítio e um saldo bancário de R$ 15 mil. Em 2006, um veículo Zafira 2001, conta corrente no Banco do Brasil com R$ 2.157, e cotas da Sociedade Paulista de Administração, no valor de R$ 15.846.
