Graças a manobras da defesa, o julgamento de Suzane von Richthofen e dos irmãos Daniel e Christian Cravinhos foi adiado para 17 de julho. Eles serão julgados no 1º Tribunal do Júri. A jovem de 23 anos, que planejou a morte dos próprios pais, Manfred e Marísia Richthofen, em outubro de 2002, e os dois irmãos, executores diretos do crime, são réus confessos. Eles devem ser condenados a penas variáveis de 24 a 60 anos de reclusão.
O advogado dos irmãos Cravinhos, Geraldo Jabur, não se apresentou hoje no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo para dar início ao julgamento, marcado para as 13 horas. Ele estaria em Brasília, tentando obter a prisão domiciliar para seus clientes – benefício concedido a Suzane. Já os advogados de Suzane, Mauro Nassif e Mário Sérgio de Oliveira Filho, se retiraram do plenário alegando que uma testemunha importante não estava presente.
O juiz Anderson Filho, do 1º Tribunal do Júri, nomeará um defensor dativo, caso os advogados não compareçam no próximo dia 17. De qualquer maneira, os defensores não irão concordar que os três réus sejam julgados juntos no próximo. Eles alegam que as defesas são coniventes, uma vez que os réus passaram a se acusar mutuamente para diluir suas responsabilidades.
Deverão ser convocados novamente 21 jurados para compor o conselho de sentença, integrado por sete membros, que decidirá a sorte dos réus. A sessão só poderá ser instalada com a presença mínima de 15 jurados. Dentre os sorteados, a defesa poderá rejeitar os nomes de três deles e a acusação de outros três. A previsão é de que o júri dure três dias consecutivos.
Caso Suzane, após a condenação, ganhe o privilégio de apelar em liberdade, ela só será recolhida à prisão após o trânsito em julgado da sentença condenatória, isso é, após esgotados todos os recursos.