Julgamento de Otelo

Um julgamento que nem Shakespeare poderia prever: este é o mote do espetáculo O Julgamento de Otelo, montagem que homenageia os 80 anos do Centro Acadêmico Hugo Simas (CAHS), entidade representativa dos estudantes de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No próximo dia 23 de setembro, às 20h30, juristas de renome sobem ao palco do Guairão para julgar o general mouro da literatura shakespeariana pelo assassinato de sua esposa Desdêmona. Os ingressos custam R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na Tesouraria da Seccional (R. Brasilino Moura, 253 – Ahú). Os ingressos também estão à venda no Tribunal do Juri, Escola da Magistratura do Paraná,  Centro Acadêmico Hugo Simas e Teatro Guaíra.

A ideia de montar o espetáculo surge da proposta de resgate histórico da atual gestão do CAHS. Isso porque O Julgamento de Otelo já foi realizado uma vez, há exatos 50 anos, pelo Centro Acadêmico, à época presidido pelo atualmente desembargador do Tribunal de Justiça, Munir Karam. O próprio Karam, por sinal, coordena o evento ao lado de René Ariel Dotti, também renomado jurista brasileiro.

A edição atual contará com Técio Lins e Silva como advogado de acusação e o paranaense Jacinto Nelson de Miranda Coutinho como defesa. O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar será o responsável pela sentença, e, como protagonista do espetáculo, o ator Danilo Avelleda interpretará o réu, Otelo. A direção cênica ficou por conta de José Plínio Taques Martins. E, para quem pensa que o resultado pode ser previsível, esta edição contará com um diferencial que, necessariamente, a torna diferente da anterior: enquanto a primeira teve o júri composto pelo modelo inglês, com doze participantes, a nova será feita pelo modelo brasileiro, composto por sete jurados. Deste modo, o empate, como no resultado da adaptação de 1961, fica impossibilitado. “Teremos um novo julgamento, utilizando a legislação brasileira corrente e um resultado inédito. A inspiração no espetáculo de 61 não pode ajudar prever o resultado: nem o próprio Shakespeare poderia prever”, explica Mayara Tonin, representante do CAHS. O espetáculo tem o apoio da OAB Paraná, do Curso Prof. Luiz Carlos, da EMAP e HSBC.

(Fonte: OAB-PR)

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