A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos aprovou por unanimidade a convocação e a quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário da juíza da 17ª Vara Federal Maysa Giudice.

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Nesta quarta-feira, o ex-presidente da Caixa Valderi Albuquerque disse à CPI que um fato estranho ocorreu em sua gestão: desde que o banco rompeu a licitação com a empresa Gtech, liminares judiciais eram dadas à empresa, sempre na 17ª Vara Federal. A multinacional americana Gtech é fornecedora de equipamentos e tecnologia para operação das loterias federais.

Em 2003, a Caixa decidiu realizar licitações para comprar equipamentos e implantar um sistema de loterias próprio. Porém, a Gtech recorreu à Justiça e conseguiu liminares para continuar operando os serviços prestados à Caixa.

Pela manhã, o ex-vice-presidente de Logística da Caixa Mário Haag afirmou que para a Caixa não era necessária a renovação do contrato com a Gtech. "Em dezembro de 2002, nós (CEF) já tínhamos condições de internalizar o procedimento das loterias", afirmou. Segundo ele, "não era complicado realizar esse processo".

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O ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz foi acusado pelos ex-dirigentes da Gtech de ter influenciado na renovação de contrato da empresa com a Caixa Econômica Federal em 2003.

A CPI investiga a suposta utilização das casas de bingo para a prática de crime de lavagem de dinheiro e a possível relação das casas de aposta com o crime organizado.

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