O juiz da 5ª vara da Justiça Federal de Mato Grosso, José Pires da Cunha, rejeitou pedido do Ministério Público Federal para seqüestrar e bloquear o patrimônio da família Vedoin, acusada de chefiar a máfia dos sanguessugas. Com a venda de ambulâncias superfaturadas, a Planam, empresa da família, movimentou R$ 110 milhões nos últimos quatro anos em contratos com 600 municípios de 24 Estados.

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O MPF ajuizou quatro ações de improbidade administrativa contra Darci e Luiz Antônio Vedoin e deputados de Mato Grosso acusados fazer parte do esquema de fraudes na compra de ambulâncias por meio de emendas ao Orçamento da União.

Na lista dos denunciados pelo procurador estão Lino Rossi (PP), Pedro Henry (PP-MT), Wellington Fagundes (PL) e Ricarte de Freitas (PTB), além dos empresários Ronildo Medeiros, Wylerson Moreira e José Luiz Batistello. Os três deputados são candidatos à reeleição.

O procurador Mário Lúcio Avelar lista entre os bens da família Vedoin, apartamentos, casas e carros. O valor não foi estimado. A Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou semana passada a fiscalização dos convênios da Planam. A previsão é de que no início de outubro os resultados sejam enviados ao Tribunal de Contas da União (TCU). Com base nesses dados, o Ministério Público pedirá novamente o seqüestro dos bens da empresa e dos seus proprietários. Em agosto, a Justiça do Trabalho de Mato Grosso condenou a Planam e a microempresa Luiz Antônio Trevisan Vedoin a pagarem indenizações trabalhistas no valor de R$ 1,1 milhão para 32 funcionários.

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