Brasília – O juiz substituto da 2ª Vara Federal em Cuiabá negou o pedido de prorrogação da prisão temporária de Gedimar Passos, Valdebran Padilha e de Paulo Roberto Trevisan, todos acusados de envolvimento na negociação de um dossiê contra políticos do PSDB. O procurador da República responsável pelo caso, Mário Lúcio Avelar, havia pedido a prorrogação da prisão dos três acusados por mais cinco dias.
Gedimar Passos e Valdebran Padilha estão ligados ao Partido dos Trabalhadores e foram detidos pelo Polícia Federal na sexta-feira (15), em São Paulo, enquanto aguardavam num hotel para comprar imagens, fotografias e uma agenda que mostrariam o envolvimento de políticos tucanos, como o atual candidato ao governo de São Paulo, José Serra, com o esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
Por estar sob prisão preventiva, o dono da Planam, Luiz Antônio Vedoin, continua preso. Gedimar e Valdebran prestaram depoimento nesta terça-feira (19) à Polícia Federal em Cuiabá. De acordo com informações da PF, Valdebran repetiu o mesmo depoimento que já havia dado à PF de São Paulo. Já Gedimar disse que só se pronunciaria em juízo, o mesmo que fez durante uma aceração com o assessor da Presidência da República, Freud Godoy.
De acordo com o superintendente geral da Polícia Federal no Mato Grosso, delegado Geraldo Pereira, as imagens apreendidas na sexta-feira (15) mostram uma solenidade de entrega de 40 ambulâncias para municípios do interior do estado em que apareceriam o candidato ao governo do estado de São Paulo José Serra (PSDB-SP), os deputados Lino Rossi (PP-MT) e Pedro Henry (PP-MT), o ex-governador Dante de Oliveira e o candidato ao governo de Mato Grosso Antero Paes de Barros (PSDB-MT).