São José dos Campos, SP – O juiz da 1ª Vara Cível de São José dos Campos, João José Custódio da Silveira, negou o pedido de indenização para o vendedor Glaucio Verdi, que moveu no ano passado uma ação de danos morais e materiais contra a Igreja Universal do Reino de Deus. A decisão foi publicada em 17 de março.
A ação começou em agosto de 2005. Contando com o dinheiro da venda de sua moto, o evangélico havia doado para a igreja, em cheque pré-datado de mil reais durante um culto. Depois de um mês, Verdi não conseguiu vender o veículos e informou a direção da igreja, três dias antes da compensação, que o cheque não tinha fundos. Mesmo assim o cheque foi apresentado e reapresentado. O nome de Verdi foi parar no cadastro do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
A Justiça entendeu que a igreja não forçou a doação e por isso negou a indenização no valor de R$ 100 mil. A decisão judicial também cancelou o cheque e ordenou a retirada do nome do vendedor do SPC. O advogado Nilson Verdi disse que vai recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça de São Paulo por considerar que seu cliente foi prejudicado.
"O nome negativado por mais de seis meses, trouxe dor e danos. Por este motivo vale a indenização", argumenta Ainda segundo o advogado, depois de dar entrada na ação o vendedor começou a receber ameaças de morte de "evangélicos fanáticos" que freqüentam a Igreja Universal de São José dos Campos.
"Os pastores incitaram os fiéis contra ele e tenho provas documentais destas ameaças", disse o advogado. Uma segunda ação judicial, também por danos morais em decorrência das ameaças está sendo analisada na 5ª Vara Cível de São José dos Campos. "Peço uma indenização de R$ 10 milhões, por que a vida não tem preço", afirmou o advogado.