Brasília – Os homicídios nas metrópoles brasileiras têm vitimado principalmente os jovens pobres, de 15 a 24 anos, aponta o 2º Relatório Brasileiro Relativo ao Pacto Internacional dos Direitos Civis Políticos de 1996, apresentado esta semana ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.

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De acordo com a pesquisa mais recente realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em abril de 2004, no universo de jovens do sexo masculino a taxa de homicídios é de 95,6 por cem mil habitantes por ano.

No estado do Rio de Janeiro, o número é ainda maior. Há 205 homicídios de homens jovens para cada cem mil habitantes. A média nacional de homicídios é de 49,7 mortes por cem mil habitantes.

De acordo com o relatório, as crianças e adolescentes em situação de risco são também as principais vítimas da violência policial, juntamente com suspeitos de crimes e líderes sindicais rurais.

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O governo afirma que as ações se concentram em programas de proteção a testemunhas, uma que a "lei do silêncio" pelo medo de represálias é considerado o problema central para a investigação dos crimes. O relatório também destaca a criação do Sistema Nacional de Armas, em 1996, que estabelece condições para o registro de armas de fogo no país.