O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), declarou nesta segunda-feira (13) que o PMDB passa por "uma crise muito grave". Na avaliação do senador, responsável pela crise política da legenda é o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP). "A maior culpa de todos é do presidente do PMDB. Um presidente de partido tem por obrigação manter o partido unido", disse. O parlamentar disse que, juridicamente, a convenção realizada no domingo foi "inteiramente ilegal" e que Michel Temer agiu "não como presidente do partido, mas de uma maneira muito facciosa e, ao mesmo tempo, estimulando a divisão do partido".

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Sarney, que espera se encontrar esta semana com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que as bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado devem manter a decisão "de ajudar o país, ajudando o presidente Lula". Segundo ele, não há ainda uma decisão partidária para que os ministros da Previdência, Amir Lando, e das Comunicações, Eunício Oliveira, deixem os cargos.

"Não há ainda decisão partidária. Primeiro pela ilegalidade da convenção, segundo, pela falta de legitimidade da própria constituição que teve um número muito grande de suplentes", declarou o senador. Para o parlamentar, a convenção foi um fracasso, uma vez que oitenta suplentes foram convocados, irregularmente, para votar.

O senador ponderou ainda que a decisão judicial suspendendo a convenção não foi cumprida. Sarney argumenta que uma nova convenção deveria ter sido iniciada à noite, após outra decisão judicial permitir sua realização.

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