Começou há pouco, no Senado, a sessão da Comissão de Relações Exteriores em que o presidente da República em Exercício e Ministro da Defesa, José Alencar, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica irão detalhar a situação das Forças Armadas. A sessão foi iniciada com apenas seis senadores em plenário. Os três primeiros a falar apenas pediram desculpas a Alencar uma vez que iriam se ausentar da sessão para participar de outras comissões. A falta de quórum levou o presidente da Comissão, Senador, Saturnino Braga, a propor o adiamento da sessão.
O general Francisco Albuquerque, comandante do Exército, foi duro: "Essas questões que vamos abordar devem ser restritas. Estamos tratando de segurança nacional." O senador Marcelo Crivela lamentou o pequeno quórum. Saturnino Braga, por sua vez reconheceu que hoje não foi o melhor dia para receber Alencar e os comandantes. "Há um acúmulo de reuniões nas comissões" disse.
Os poucos senadores presentes decidiram continuar a reunião.
Em sua fala inicial, Alencar apenas ressaltou a importância das Forças Armadas e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva constituiu um grupo de trabalho interministerial para analisar o repasse de recursos do orçamento para a modernização das forças. Ele lembrou que o País atualmente gasta 1,5% do PIB com o seu poderio militar e pediu apoio para um projeto que prevê repasse de 2,5% do PIB para as forças armadas.
O comandante da Marinha, Roberto de Guimarães Carvalho, apresentou diversos números para mostrar que setores importantes da força naval estão "seriamente prejudicados com a falta de recursos". Já o comandante do Exército, Francisco Albuquerque, disse que preferia apenas mostrar o que é o Exército para os senadores mas com o mesmo objetivo de pedir recursos. "Se quiserem por os pés aqui, terão de nos enfrentar. Mas para isso, temos que ter condições", afirmou ele referindo-se a possíveis invasões de inimigos. Às 15 horas, José Alencar participará de audiência reservada na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional para discutir as estratégias de defesa e as ações do governo para as regiões da Tríplice Fronteira e da Amazônia