Jornalismo brasileiro perde Marco Uchôa

O jornalista Marco Antônio Uchôa morreu hoje, depois de uma luta de mais de dois anos contra o câncer. Aos 36 anos, Uchôa fez uma carreira brilhante como repórter, na qual se especializou em temas urbanos e sociais.

Repórter nato, Uchôa se notabilizou pelas difíceis entrevistas que conseguia com criminosos, cuja confiança era capaz de conquistar. No Grupo Estado, entre as muitas reportagens importantes que fez, Uchôa descobriu os "pais de rua", adultos que empregam crianças para mendigar nas ruas. Em 1996, publicou "O Caminho das Pedras", um livro-reportagem sobre o submundo do crack.

Uchôa começou a carreira no fim dos anos 80, na "Folha de São Paulo". Em 1991 chegou ao "O Estado de S.Paulo", onde trabalhou até , veio para o Estado, onde trabalhou até 1995. Depois transferiu-se para a TV Globo, onde trabalhava como repórter do programa "Fantástico". Depois do diagnóstico de sua doença, em 2003, Uchôa passou a escrever um livro relatando a sua experiência com o câncer. Ultimamente, com o agravamento de seu estado, ele se dedicou a reescrever a introdução. O livro deve ser lançado em breve.

Uchôa deixa a mulher, a também jornalista Ana Costa, e o filho Victor, de 8 anos. Seu corpo está sendo velado no Velório de Vila Mariana, na Rua Batista Caetano, 3.000, Aclimação, onde às 10 horas será rezada uma missa. Às 11 horas, será trasladado para o Crematório de Vila Alpina, na Avenida Francisco Falconi, 437, onde será cremado por volta de 12h30.

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