Lisboa (AE) – O jornal português Expresso publicou hoje (13) na primeira página que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares esteve dez vezes em Portugal. A reação de Manuel Pereira de Andrade, coordenador do núcleo do PT no país, foi de espanto: "Só se andaram aprontando muito mais do que estamos sabendo."

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"Eu nunca o vi aqui", afirmou o embaixador do Brasil em Lisboa, Antônio Paes de Andrade. O jornal conta que o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) teria apresentado um requerimento na CPI – que seria votado na terça-feira -, para que o Departamento de Aviação Civil confirme as viagens.

Há dez dias o núcleo do PT de Portugal tinha afirmado ao Estado que não sabia de nenhuma vinda de Delúbio ao país. "Depois que conversamos, liguei e ninguém confirmou a vinda dele. Normalmente nós ficamos sabendo, mas ele não é uma pessoa fácil de ser reconhecida na rua", explica Manuel.

O diretor-executivo do Expresso, Nicolau Santos publicou um artigo de meia página com cinco questões que considera sem respostas e podem esclarecer se houve uma conexão portuguesa no caso do mensalão: "O que aconteceu na reunião entre Valério e o presidente da Portugal Telecom? Quais as relações de Valério com o Banco Espírito Santo? Em que qualidade Valério intermediou a reunião entre Ricardo Espírito Santo e José Dirceu? Houve algum encontro entre Ricardo Espírito Santo e Delúbio? É normal um publicitário brasileiro ser recebido por tantas pessoas em altos cargos sem trazer uma recomendação?"

Desculpas

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No Diário de Notícias, a principal foto da capa é uma imagem de Lula durante o discurso, com reportagem de página inteira sob o título Lula pede desculpas, mas não convence oposição brasileira, além de citar a última sondagem de intenções de voto que põe o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), na frente de Lula num eventual segundo turno. No Público o escândalo ocupa as páginas 2 e 3. Cita também as desculpas de Lula, a denúncia do presidente do PL Valdemar Costa Neto, conta que Duda Mendonça elegeu Lula e agora pode derrubá-lo, e diz que o escândalo começa a afetar a economia.