O líder cubano Fidel Castro está sofrendo de um câncer terminal e pode morrer antes do final do ano, segundo o jornal britânico Independent, que atribuiu a informação a diplomatas ocidentais com acesso a funcionários do governo de Cuba. Fidel estaria sofrendo de uma forma agressiva de câncer no estômago e teria recusado fazer radioterapia ou qualquer outro tipo de tratamento.
O estado de saúde do presidente cubano vem sendo tratado como assunto de segurança de Estado pelas autoridades cubanas. Fidel não aparece em público desde julho, quando foi submetido a uma cirurgia para estancar uma hemorragia no intestino e passou o poder provisoriamente para seu irmão, Raúl Castro.
Na época, fontes oficiais disseram que o sangramento havia sido provocado pelo stress resultante da viagem que o líder cubano fizera à Córdoba, na Argentina. No entanto, são cada vez mais fortes as suspeitas de que Fidel pode nunca voltar a assumir seu cargo.
No início de agosto, a imprensa americana publicou que ele estava com um câncer terminal e seu estado de saúde era delicado. Raúl desmentiu a versão: "Ao contrário do que afirma a imprensa de Miami, ele não está morrendo, está melhorando constantemente", disse em um comunicado.
Nos últimos meses jornais e redes de televisão oficiais cubanas tem divulgado uma série de fotografias e vídeos de Fidel, numa tentativa de provar que ele está se recuperando.
Em comunicados recentes, o presidente cubano também garantiu que já está participando das decisões de Estado e em breve retornará ao poder. No entanto, ele não apareceu nas comemorações em homenagem a seu 80º aniversário, há cerca de duas semanas, alegando "recomendações médicas".
A doença de Fidel Castro coloca em suspense o futuro político da ilha. A grande dúvida é se seus aliados conseguirão manter o regime castrista após a sua morte ou se Cuba passará por uma transição para a democracia. Uma das possibilidades que vêm sendo cogitadas é a de grupos dissidentes exilados na Flórida tentem desestabilizar o governo e tomar o poder, enviando frotas de navios para a ilha e cooptando o apoio de parte da população local.
Outro desfecho possível é que Raul forme um conselho, dividindo o poder com as demais autoridades destacadas do governo Fidel. Uma invasão americana não é descartada mas, segundo analistas, é pouco provável.