Jogos Especiais de Curitiba premiam finalistas de vôlei e natação

Atletas portadores de deficiência física e mental participaram da etapa do vôlei adaptado dos Jogos Especiais de Curitiba. Nesta sexta-feira, na praça Plínio Tourinho, professores de educação física, estagiários e assistentes sociais da Prefeitura de Curitiba fizeram a entrega das medalhas para as equipes das escolas 29 de Março e Vivian Marçal, finalistas do vôlei.

Também já foi encerrada a etapa de natação, disputada por atletas portadores de deficiência visual e mental, de nove escolas e instituições. A premiação foi no Círculo Militar.

Os Jogos Especiais são promovidos pela Prefeitura, em parceria com as universidades Dom Bosco, Unicenp, Uniandrade, Tuiuti, Puc e UFPR, Circulo Militar do Paraná, Associação de Moradores do Jardim Botânico e Fundo Municipal de Apoio ao Deficiente.

Iniciados na última segunda-feira, os Jogos Especiais de Curitiba reúnem 770 atletas, de 21 escolas e entidades, disputando nove modalidades – atletismo, dama, xadrez, boccia, vôlei adaptado, tênis de mesa, natação, goaball, futsal e bocha.

Segundo a coordenadora dos Jogos, Márcia Walter, da Secretaria Municipal do Esporte e Lazer, estão trabalhando nesse campeonato mais de 250 profissionais, todos especialmente preparados para trabalhar com pessoas com deficiência.

Diferença

Os atletas especiais normalmente apresentam mais de um tipo de deficiência, o que os diferencia dos paratletas – que apresentam apenas deficiência física. Para a assistente social da Fundação de Ação Social (FAS), Vanderléia Szczerbowski, que atua na infra-estrutura dos jogos especiais, um dos aspectos fundamentais da prática esportiva é conscientizar, primeiro, os pais dessas crianças portadoras de deficiência e, em seguida, o público.

"Como todo atleta, também o atleta especial vibra e saboreia a vitória ao vencer uma barreira, fazer ponto e superar o limite", disse ela. "A diferença não está no diferente. Está na forma de encarar, no coração de quem vê".

Vanderléia lembra que nos últimos dez anos o poder público passou a investir mais em educação especial, procurando trabalhar junto às famílias para que tirassem da clausura seus parentes com deficiência, principalmente aqueles que têm deficiência física e mental.

"Geralmente são os que apresentam mais dificuldade, seja motora, auditiva, compreensão, na fala. Por isso necessitam do convívio social e o esporte é o melhor caminho para isso", explica.

Já consta na grade curricular do curso superior de Educação Física, a disciplina de aprofundamento em educação física para portadores de necessidades especiais. Isso significa que todos os alunos do curso saem da universidade, preparados para trabalhar com pessoas deficientes.

Locais dos jogos:

Atletismo – PUC
Tênis de mesa – Praça Oswaldo Cruz
Goaball – Unicenp
Bocha de Areia – Associação de Moradores Jardim Botânico
Natação – Circulo Militar do Paraná
Boccia e Voleibol adaptado – Praça Plínio Tourinho
Futsal – Tuiuti (Campus Shaffer)
Xadrez e dama – Uniandrade

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