Belo Horizonte (AE) – O volante Claudinei, do América-MG, foi morto na madrugada deste sábado durante um tiroteiro numa casa de shows do bairro Vila Maravilha, região oeste de Belo Horizonte (MG). Segundo testemunhas, um grupo se envolveu em uma confusão no interior da “Via Expressa, 6001” e deixou o local. Mas retornou logo depois, quando o espetáculo já havia se encerrado. Foram disparados vários tiros da porta do estabelecimento. Claudinei estava dentro da casa noturna, acompanhado de três amigos, quando foi atingido por um tiro na cabeça O jogador foi socorrido por policiais militares, mas, segundo os médicos, já chegou morto ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, por volta das 3h.
Pelo menos outras cinco pessoas ficaram feridas na troca de tiros.
Entre elas, o também jogador Bruno Fernando Nascimento, de 20 anos, que foi atingido na mão. Aldair Aparecido Rodrigues dos Santos, 19 anos, recebeu um tiro no pé esquerdo e Gabriel Cristian da Silva, 18, chegou ao hospital com ferimentos na mão, costas e pernas.
Um homem e dois menores de idade, suspeitos de serem os autores dos disparos, foram detidos pela PM e estavam sendo interrogados pela manhã.
Próximo à casa noturna onde ocorreu o tiroteio, policiais civis encontraram um veículo Fiat Stilo prata, que estaria com as placas clonadas. O carro tinha diversas perfurações e manchas de sangue.
O corpo de Claudinei foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML). O enterro foi marcado para as 9h de hoje (07), na cidade de Mário Campos, na região metropolitana, onde mora a família do jogador.
Trajetória – Revelado pelo América-MG, Claudinei Dutra Rezende iniciou sua carreira profissional em 1998. Além do Coelho, ele passou pelo Cruzeiro e pelo Helsinborg, da Suíça. O volante estava sendo negociado com o Atlético-MG. Considerado uma das maiores revelações do time mineiro nos últimos anos, a trajetória profissional de Claudinei, porém, foi marcada por casos de indisciplina e ocorrências policiais. Ele se envolveu em vários acidentes automobilísticos e costumava abandonar subitamente as concentrações. O jogador também precisava de acompanhamento médico, pois sofria de epilepsia.
Os problemas de indisciplina impediram que ele se firmasse no Cruzeiro. Contratado em 2003, ele chegou a ter algumas chances no time comandado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, mas seguidamente se ausentava ou chegava atrasado nos treinos e acabou dispensado do clube. “Ele falava: ‘se Deus quiser, pai, eu vou dar a volta por cima e acho que vou até para o Atlético’. Ele estava mais alegre”, contou o pai do volante, José Silvério Resende.
A diretoria do América informou que o departamento jurídico do clube está acompanhando as investigações sobre a morte de Claudinei e que dará apoio “moral” e “material” à sua família. “Lamentamos profundamente a morte do se atleta, ainda mais nessa circunstância de tragédia”, disse o presidente do clube, Afonso Celso Raso.
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