O zagueiro argentino Desábato, do Quilmes, permanece preso e incomunicável em
uma cela individual no 34º Distrito Policial da Vila Sônia, zonal Sul de São
Paulo. O jogador – preso em flagrante na noite de ontem ainda no gramado do
Morumbi por ofensas racistas contra o são-paulino Grafite – teve contato apenas
com os advogados no início da manhã, que recolheram sua assinatura para o pedido
de habeas corpus encaminhado à justiça. Membros de delegação do Quilmes, no
entanto, foram impedidos de falar com o atleta.
No meio da manhã, um
massagista do clube esteve no distrito mas não pôde entrar na cela. Os policiais
explicaram que o jogador havia sido examinado por um médico na noite anterior e
garantiram ao funcionário do clube argentino que o zagueiro estava bem.
O
presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de São Paulo,
Rinaldo Martorelli, também tentou visitar o atleta, só que na condição de
diretor jurídico do sindicato sul-americano de atletas. "’É lógico que o racismo
deve ser combatido, mas estou aqui para garantir a ele (Desábato) o amplo
direito de defesa", afirmou o sindicalista.
O pedidos de relaxamento de
prisão já foi encaminhado ao departamento de inquéritos policiais do Fórum da
Barra Funda, mas ainda não se tem previsão sobre o andamento do processo. É
possível que Desábato seja liberado ainda nesta quinta-feira sob pagamento de
fiança. Mas é possível também que ele permaneça detido por tempo
indeterminado.
