Não é piada, mas poderia ser. Lembram-se do projeto de Parcerias Público-Privadas, aprovado pelo Congresso no final do ano passado? Pois bem. A panacéia então anunciada pelo governo para equacionar a falta de investimentos em infra-estrutura continua sendo ótima, porém de ineficaz solução.

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A explicação é simples, recorrente em administrações embotadas pelo desejo de supremacia e, pior, pelo caciquismo imanente de certos personagens da primeira fila. Pois é. Não há nenhuma Parceria Público-Privada acertada entre governo e grupos empresariais, porque não se definiu até agora quem irá gerir o Fundo Garantidor das parcerias.

Sem essa providência, a iniciativa privada não se sente estimulada a fazer investimentos em infra-estrutura, e está muito certa. Enquanto isso, o governo não mostra competência para resolver questiúncula de lana caprina, e determinar qual de suas instituições bancárias deve receber a função.

Na disputa direta estão o Banco do Brasil, ligado ao Ministério da Fazenda, chefiado pelo czar da economia Antônio Palocci, e o BNDES, presidido pelo ex-ministro do Planejamento Guido Mantega.

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Assim, os 23 projetos que o governo esperava tocar por meio das PPP, dormem em alguma gaveta de Brasília. É o jeito petista de governar.