Pela primeira vez desde que denunciou o esquema do mensalão, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) envolveu há pouco o nome do ex-ministro da Comunicação de Governo, Luiz Gushiken. "Com o Gushiken eu não conversei. Mas foi ele quem autorizo u essa movimentação escandalosa das agências (de publicidade de Marcos Valério)", disse Jefferson, em depoimento à CPI do Mensalão.
"O mensalão não é ato isolado de José Dirceu (deputado federal e ex-ministro da Casa Civil). Ele não faria isso sozinho. José Dirceu e o Gushiken participaram do esquema. Mas era o Dirceu que era o chefe. As conversas todas eram com ele", acusou.
De acordo com o deputado, as primeiras informações de existência do mensalão lhe chegaram aos ouvidos entre agosto e setembro de 2003, quando o então presidente do PTB, José Carlos Martinez (já falecido) foi informado que parlamentares da legenda estavam sendo assediados por outros partidos para trocarem de sigla.
"O Pedro Henry, então líder do PL na Câmara, fez uma pressão muito forte para nossos deputados trocarem de legenda", declarou. Hoje, garantiu Jefferson, "com certeza o esquema do mensalão não existe mais".