O presidente licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), procurou desvincular, no depoimento que presta na CPI Mista do Mensalão, o esquema de pagamento de mesada a parlamentares ("mensalão") do repasse de R$ 4 milhões que o PTB, seu partido, recebeu do PT em julho do ano passado. Disse que não vê gente do PTB visitando o Banco Rural, mês a mês, como faziam assessores do PL e do PT para sacar recursos. "E o nosso movimento foi na eleição", afirmou.

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Ele disse que as informações de que o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri teria sacado R$ 2,4 milhões no Banco Rural, conforme referido pela diretora financeira da SMPB, Simone Vasconcelos, não conferem com a verdade. "Desafio a diretora a provar isso", afirmou.

"O Emerson não sacou nada no Banco Rural. Ele recebeu na sede do PTB, sendo que 30% das cédulas eram etiquetadas do Banco Rural e 60% do Banco do Brasil. Recebemos no PTB, e os outros assessores foram ao Banco Rural sacar. É diferente o sistema", acentuou.

Ele também procurou desvincular Lula das nomeações em Furnas. Jefferson disse, também, que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza recebia contratos de empresas e ajudava o PT a fazer caixa. E disse que seria muito melhor ele dizer essa verdade.

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Jefferson acredita que Valério, na nova linha de defesa dele, teria sido convencido por sua mulher, Renilda Santiago, a dizer a verdade. "É muito mais digno dizer a verdade do que ficar na situação de bandido e de mentiroso", afirmou.