Jefferson deve prestar depoimento a Conselho de Ética na próxima semana

Brasília (AE) – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara espera para a próxima semana o depoimento do presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), que denunciou o suposto esquema de pagamento de R$ 30 mil mensais para deputados do PL e do PP pelo tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, em troca de apoio ao governo. Hoje, o conselho oficializou Jefferson a apresentar a defesa prévia e convidou-o a comparecer para prestar esclarecimentos em reunião do órgão. O secretário-geral do PTB, deputado Luiz Antônio Fleury Filho (SP), afirmou que o presidente nacional do PTB aceitará o convite e prestará esclarecimentos ao conselho.

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), afirmou que todos os citados por Jefferson deverão ser chamados para depor. "Se o ministro Palocci (ministro da Fazenda, Antonio Palocci) será convidado, vai depender dos integrantes do conselho", afirmou Izar, informando que, no encontro de amanhã (09), será definido quem será chamado a prestar esclarecimentos ao conselho. A disposição de Izar é dar um ritmo sumário ao processo. "Será o processo mais rápido que já se fez aqui", disse hoje , ao instalar o processo e indicar o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) como relator.

Izar pretende concluir o processo em 30 ou 40 dias. Paralelamente, o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), instalou hoje a comissão de sindicância criada pelo presidente da Casa, Severino Cavalcanti (PP-PE), com o mesmo objetivo de investigar as denúncias apresentadas por Jefferson, indicando o deputado Robson Tuma (PFL-SP) como relator. O trabalho da comissão, no entanto, será atropelado pelo conselho, uma vez que regimentalmente, a Corregedoria analisa, preliminarmente, a denúncia para, depois da concordância da Mesa Diretora, encaminhar as conclusões ao Conselho de Ética. No caso do pedido de cassação do mandato de Jefferson, essa etapa é dispensável porque a representação foi apresentada por um partido político, o PL.

Nesses casos, o pedido pode ser feito diretamente ao conselho, sem a triagem da Corregedoria e da Mesa Diretora. "A comissão de sindicância perdeu o sentido", afirmou Izar.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo