Janene deve ser julgado quarta-feira pela Câmara

Brasília – A Câmara deverá julgar nesta quarta-feira (6) parecer do Conselho de Ética que recomenda a cassação do mandato do deputado José Janene (PP-PR). Ele é o último parlamentar acusado de envolvimento no chamado "valerioduto" a ser julgado. Janene é acusado de ter recebido mais de R$ 4,1 milhões do empresário Marcos Valério, que  seriam repassados a parlamentares em troca de apoio ao governo.

Em 2005, as comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMIs) dos Correios e da Compra de Votos citaram 19 deputados como beneficiários de recursos do empresário Marcos Valério de Souza. Entre os citados, quatro renunciaram ao mandato para fugir do processo de cassação: Carlos Rodrigues (PL-RJ), José Borba (PMDB-PR), Paulo Rocha (PT-PA) e Waldemar Costa Neto (PL-SP). Três foram cassados: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).

Os outros 11 foram absolvidos no plenário da Câmara: Vadão Gomes (PP-SP), João Paulo Cunha (PT-SP), João Magno (PT-MG), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel (PL-GO).

Está marcada para o mesmo dia (6), a eleição do nome do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). São candidatos: Ademir Camilo (PDT-MG), Aroldo Cedraz (PFL-BA), Luiz Antônio Fleury (PTB-SP), Gonzaga Mota (PSDB-CE), Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Paulo Delgado (PT-MG). O PSB registrou a candidatura do ex-deputado José Antônio Almeida (MA) e o PSC, do secretário-geral da Mesa Diretora, Mozart Vianna de Paiva.

Para esta terça-feira (5), está prevista a votação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituiçaõ que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O substitutivo da deputada Iara Bernardi (PT-SP) ao texto foi aprovado em primeiro turno no dia 22 de novembro, por 346 votos favoráveis, cinco contrários e uma abstenção. Se aprovada, a proposta será promulgada pelas mesas do Senado e da Câmara,e passará a integrar a Constituição Federal.

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