O deputado José Dirceu (PT-SP) negou, em depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, que tenha qualquer envolvimento no suposto esquema de compra de votos de parlamentares denunciado há cerca de dois meses pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ).

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"Não organizei, não sou chefe, jamais permitiria a compra de votos ou de parlamentares", afirmou o ex-ministro da Casa Civil. "Não é verdade que sou responsável pelo ‘mensalão’".

Dirceu depõe neste momento como testemunha no processo apresentado pelo PL que pede a cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Jefferson está sentado na primeira fila do Conselho e acompanha a sessão.

Durante o depoimento, ele também afirmou que está à disposição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) da compra de votos (CPI do Mensalão) para esclarecer as denúncias. Ele enfatizou que jamais fez qualquer proposta "que não fosse lícita ou republicana" a deputados e senadores.

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Ele negou ainda que esteja magoado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o Governo Federal, após a sua saída da Casa Civil. "O presidente Lula, ao contrário do que dizem, é a maior liderança histórica deste país. Não é verdade que estou magoado, não quero que o governo ou o meu partido tenham que me defender, pois eu o farei sozinho", disse.

Além da "crise política fruto das denúncias do deputado Roberto Jefferson", Dirceu afirmou que não há crise no Brasil, e que o país tem um governo que "não rouba e não deixa roubar". Para ele, "não é verdade que o governo é corrupto ou permite a corrupção".

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