O Brasil e a Liga Árabe deram mais um passo para estreitar suas relações econômicas, culturais, científicas, sociais e diplomáticas. O convênio define a Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB) como entidade que representa os 22 países da Liga Árabe para a formalização de acordos com o governo brasileiro. A assinatura do convênio foi publicada no Diário Oficial da União no dia 16 de março.
Segundo o ministro Anuar Nahes, diplomata que assina o acordo como coordenador do Seguimento da Cúpula América do Sul – Países Árabes, o convênio é o primeiro no plano interno dentro do processo de estreitamento de relações. Ele prevê a CCAB como interlocutora para "a organização e financiamento de seminários, simpósios ou reuniões, bem como o desenvolvimento de projetos de interesse bi-regional nos campos do comércio, dos investimentos, do turismo, da cultura, da ciência e tecnologia, entre outros contemplados na Declaração de Brasília".
"A Câmara tem lastro, tem tradição no trato com os países árabes e se dispôs a colaborar", diz Nahes. "E para que isso fosse possível, pelos estatutos da Câmara, seria necessário haver um convênio com um órgão do governo, que desse a ela legitimidade para levar a cabo essa tarefa e foi isso que aconteceu com o convênio", explica.
Nahes cita como exemplo das parceiras já feitas o patrocínio da CCAB para a participação do Brasil no festival cinematográfico da Tunísia, em 2002. "Esse festival se chama Jornada Cinematográfica de Cartago e é o maior festival de cinema do mundo em desenvolvimento. Ela engloba países árabes, africanos e da Ásia Central e o Brasil foi convidado a participar como homenageado."