O italiano Cesare Battisti será transferido na tarde de hoje (19) para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Ex-ativista de esquerda, ele foi preso por agentes federais ontem, no Rio de Janeiro. Battisti está sendo transportado em um avião da Polícia Federal, que sai do Aeroporto Santos Dumont.

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De acordo com informações da assessoria de imprensa da PF, a operação que resultou na prisão do italiano estava sob a coordenação de agentes do Distrito Federal e, por isso, o órgão optou pela transferência para Brasília.

Battisti foi um dos fundadores do Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), ligado s Brigadas Vermelhas, grupo que atuou na Itália nos anos 70 e é responsabilizado pelo assassinato do primeiro-ministro Aldo Moro, em 1978.

Em 1981, o italiano fugiu do presídio em que cumpria pena nas proximidades de Roma e foi para o México, onde viveu na clandestinidade por cerca de oito anos.

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De lá, em 1990, Battisti foi para França, onde vigorava a política do então presidente socialista François Miterrand, que concedia asilo político a condenados italianos dispostos a renunciar a seu passado violento.

Na década de 90, o refugiado foi julgado na Itália e condenado a prisão perpétua, mas o governo francês negou o pedido de extradição feito pelo governo italiano.

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Em Paris, Cesare Battisti desenvolveu carreira de escritor de livros policiais até 2004, quando uma nova política francesa decidiu pela sua extradição, gerando polêmica entre intelectuais e militantes de esquerda que defendiam o asilo ao italiano e sua permanência no país.

Ante a possibilidade de extradição, Battisti fugiu e, desde então, seu paradeiro era ignorado até o último domingo, quando foi preso no Brasil.